The-Wall-cena |
"Não é
possível uma educação universal através da escola. (...) Nem as novas atitudes
dos professores em relação aos alunos, nem a proliferação de práticas
educacionais rígidas ou permissivas (na escola ou em casa), nem a tentativa de
prolongar a responsabilidade do pedagogo até absorver a própria existência de
seus alunos vai conseguir a educação universal. A atual procura de novas saídas
educacionais deve virar procura de seu inverso institucional: a teia
educacional que aumenta a oportunidade de cada um de transformar todo instante
de sua vida num instante de aprendizado, participação e cuidado com todas as
minúcias da vida".
(Ivan Illich - em
'Sociedade Sem escolas').
Filósofo,
educador e polímata austríaco. Defendeu
o autodidatismo, criatividade, grupos de estudo, iniciativa e das redes de
aprendizado.
O mais famoso livro Sociedade sem escolas (1971)
revela crítica à institucionalização da educação nas sociedades contemporâneas.
Alguns trechos:
"Necessitamos de pesquisas sobre usar a
tecnologia para criar instituições que sirvam à interação pessoal, criativa e
autônoma."
"Todos medem seu êxito pelo fracasso dos
demais"
"Precisamos de uma lei que proíba toda
discriminação - na contratação empregatícia, nas eleições, na admissão a
centros de aprendizagem - baseada na prévia frequência a determinado curso”.
"Não há movimento de verdadeira libertação que
não reconheça a necessidade de adotar uma tecnologia de baixo consumo
energético."
Vídeo TV Cultura:
4 comentários:
adorei o post!!!
Parabéns!!
beijinhos
http://www.euvejotudocorderosa.com/
Mônica!
Embora o assunto tenha gerado muitas discussões, trouxe na primeira postagem deste ano este relevante tema para que nós educadores continuemos a refletir da importância de buscarmos novas saídas educacionais com desafios precisos na transformação de uma sociedade participativa.
Abraços
Luiz
Oi Luiz. Sua postagem instiga. É pertinente e nos faz realmente pensar sobre o papel da escola em nosso contexto. Em nosso contexto? Vejamos, existimos independente dos outros? Seja na individualidade ou na comunidade mundial? Um mundo sem escolas é ideal para quem? E de que escola estamos falando e de que mundo? Estamos falando da Dinamarca, Suécia e Suiça? Ou estamos falando de Senegal, Angola ou Bolívia? E a escola estamos falando das que preparam para o vestibular, das que são técnicas ou das que se arrastam sem identidade ensinando tudo e nada. Interessante é pensar nas crianças e jovens da Dinamarca e nas crianças e jovens do Brasil. Aí podemos começar a pensar porque o nórdicos tem mais norte do que nós. Mas se pensarmos em Paulo Freire então entenderemos o papel de uma escola, do professor, do conhecimento, da comunidade, da responsabilidade social, do amor. Se pensarmos no mercado, então deixemos que os softwares "eduquem" essas crianças e jovens, para vender e comprar, para criticar a qualidade do produto, para ser bom consumidor que entede seus direitos frente ao produto que compra, do toma-lá-dá-cá. É isso. Pensemos que mundo queremos, que escola queremos, que sujeitos queremos, cidadãos ou consumidores.
Ricardo!
Sem duvida o papel do educador é pensar todas estas questões pontuadas na sua rica contribuição onde as pessoas possam compartilhar uma história em comum. No entanto sabemos que a crítica de Ivan Illich, sobre as instituições rígidas e limitadoras do aprendizado não é aceita pela maioria dos educadores. Porém, a proposta de "redes de aprendizagem", feita pelo autor, pode ser uma das alternativas para a educação ser mais flexível.
Postar um comentário