29 abril 2008

Ministério da Educação ampliará projeto de laptops para escolas públicas

Ministério da Educação ampliará projeto de laptops O uso de laptops em sala de aula transforma a escola e exige uma reformulação profunda do currículo e do projeto pedagógico, concluíram os professores e pesquisadores das cinco escolas piloto do Projeto Um Computador por Aluno (UCA), do Ministério da Educação (MEC), cuja ampliação, prevista para acontecer até o fim do ano, depende da conclusão de licitação que está em andamento. Os professores reuniram-se hoje, no Rio, para debater o resultado das experiências que fizeram no último ano, desde o início do projeto.Segundo a organizadora do UCA, professora Denise Vilardo, "a idéia é aproveitar a troca de informações para reunir um conjunto de boas práticas que podem vir a ser implementadas nas próximas 300 escolas que irão receber os laptops". Desde o fim de 2006 - ano em que a proposta foi criada - colégios de cinco cidades realizaram testes com 1.390 microcomputadores portáteis de três modelos, todos doados pelos respectivos fabricantes: o Classmate PC (da Intel/Positivo), o Mobilis (da indiana Encore Software) e o XO (também chamado de "laptop de US$ 100", da Fundação One Laptop Per Child, cujos exemplares foram os primeiros a chegar ao Brasil).A coordenadora da idéia em São Paulo, Roseli Lopes, pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), disse que a maior dificuldade na Escola Municipal de Ensino Fundamental Ernâni Silva Bruno foi como distribuir os microcomputadores. O estabelecimento público de ensino tem 1,2 mil alunos e tinha apenas 400 computadores. A idéia inicial era trabalhar apenas com algumas turmas, em que os estudantes receberiam uma máquina cada."Foi impossível porque eles questionavam os critérios e reivindicavam o laptop", disse a coordenadora pedagógica Edna Telles, que teve de organizar um esquema de agendamento e rodízio entre os alunos. Roseli deu ênfase à necessidade de o governo exigir que os computadores de pequeno porte sejam equipados com softwares livres (programas) e de código aberto. "Vimos que, ao trazer os computadores para sala de aula, temos de refazer os projetos político-pedagógicos", disse.Palmas A coordenadora do plano em Palmas, Leila Ramos, disse que no Colégio Estadual Dom Alano Marie Du Noday, a experiência com os laptops também exigiu profundas transformações na aprendizagem. Os tempos de aula aumentaram de 45 minutos para duas horas. "Se não, era o tempo de ligar e desligar e acabou a aula", afirmou. A disposição das carteiras também mudou. Em vez de ficarem enfileirados, os alunos reagruparam-se de quatro em quatro. "Dessa forma, eles compartilham suas descobertas e interagem melhor." Além disso, disse, os estudantes passaram a buscar outras tecnologias para usar melhor os novos recursos. "Eles começaram a trazer filmadoras e celulares de casa para fazerem vídeos."
Fonte:
http://www.atarde.com.br/brasil/noticia.jsf?id=873775

2 comentários:

Cybele Meyer disse...

Olá Luiz,

Muito bom!
Vale dizer que houve, de uma maneira geral, a elevação da auto-estima dos alunos. As faltas diminuíram consideravelmente e a evasão escolar não aconteceu nestas escolas Pilotos.
É a educação caminhando rumo à inclusão digital.
Parabéns pelo artigo
Beijinhos

Unknown disse...

Agora é conferir a ampliação do projeto em outras regiões. Vamos torcer para que tenhamos oportunidade de concretizar essa ação!
Valeu pela visita
Luiz