12 junho 2008

Tecnologia pedagógica: Aprendizado com filmadoras e digitais

Por Beatriz Menezes dos Santos Colaboração para Its

Professores e estudantes da Escola Dom Jaime de Barros Câmara dão o exemplo quando se fala de tecnologia aplicada à melhoria do ensino.
Há bastante tempo desenvolvem projetos com o uso de computadores, máquinas digitais e filmadoras, o que culminará na produção de um documentário sobre aspectos e vivências culturais de Ribeirão da Ilha. Esse trabalho, "Ilha Meu Encanto", desperta cada vez mais o gosto dos estudantes pelas disciplinas do currículo e mostra o uso criativo e pedagógico que a escola, pode fazer das tecnologias.
Documentar e analisar as práticas culturais da comunidade, antes e depois da vinda dos açorianos, motivou os cerca de 750 alunos da "escola. Mas foram os estudantes do ensino médio que participaram de forma mais direta, explica o professor Rodrigo Nelson Pereira, um dos coordenadores do projeto. As imagens foram" editadas no ambiente interativo da Secretaria da Educação, sob a orientação dos técnicos da Gerência de Tecnologias Educacionais, e estão no http://praticacultural.nafoto.net/ (Novo)
Seguindo a trilha de Naufragados, alunos e professores registraram imagens da Fortaleza Nossa Senhora da Conceição, obra do século 18 na Ilha de Araçatuba. Conheceram a Bateria Marechal Moura, composta por três canhões do século 19 que serviram como defesa do litoral sul da ilha, e visitaram um engenho de farinha de mandioca. Para observar o processo desde a colheita até o fabrico da farinha, também visualizaram a Trilha do Sertão do Ribeirão e a Cachoeira Grande. "Com o passeio, os professores realizaram uma abordagem interdisciplinar, identificando as permanências culturais, apesar de tantos avanços tecnológicos", destaca Pereira.
As manifestações culturais permanecem, mas deforma diferente, avalia o professor Rodrigo. Ele cita como exemplo a farinha de mandioca, cujo fabrico desde o século 18 parte do mesmo processo, mas com outra tecnologia. “Todo o trabalho possibilitou aos estudantes um novo olhar sobre os aspectos de seu cotidiano”, ressalta.
Aula diferente
A possibilidade de participar de uma aula diferente, aliada a curiosidade de lidar com equipamentos tecnológicos, aproximou o aluno Charles Vitor Bernadet do projeto. Na terceira série do ensino médio e mesmo morando no ribeirão da Ilha, ele nunca tinha ido ao Naufragados. Filmou a trilha e a praia, conversou com os moradores locais e observou que a grande parte da mata Atlântica ainda está preservada. Charles espera que o documentário sirva de exemplo e seja divulgado em todas as escolas de Santa Catarina. “Afinal, a colonização açoriana envolve em grande parte do Estado e não somente a ilha”, enfatiza.

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