Não se trata já de saber para onde vamos mas sim de perceber onde estamos: a "impossível viagem" quando o lugar não existe, quando o espaço é indefinido, quando o passado se confunde com o presente e o futuro. Só as palavras contêm e mostram o sentido. Nos nâo-lugares cada vez mais se cruzam os destinos irrequietos e perdidos numa experiência crua da solidão disfarçada pela aparência de uma superabundância de comunicações, afinal apenas fingidas.
Marc Auge, antropólogo, director de estudos "Lógica simbólica e ideologia" na Ecole des Hautes Études en Sciences Sociales em Paris e Presidente da mesma de 1985 a 1995, é autor de uma consagrada obra. Foram publicados, em Portugal, A Guerra dos Sonhos (Celta), As Formas do Esquecimento (Iman), Diário de Guerra (Fim de Século).
Neste livro, Marc Augé prossegue a sua antropologia do quotidiano explorando os nâo-lugares, esses espaços de anonimato que acolhem indivíduos de dia para dia mais numerosos. Propondo uma antropologia da sobremodernidade, abrem-se novas perspectivas que nos introduzem ao que se poderia designar por uma etnologia da solidão.
http://90o.pt/ficha_livro.php?livID=9
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